domingo, 19 de setembro de 2010

Flores no caminho

Consigo chegar à casa aos trancos e barrancos. Fico olhando a rua, o campo verde na minha frente, tudo parece florido, embora nem tudo sejam flores. Olho pro céu. Não consigo decifrar muito bem o que a lua deseja, talvez porque ela, a lua, não saiba de nada. Não! Não está de noite, apesar de ainda parecer escuro.

O tempo passa – tic tac – contudo, algumas situações continuam, outras nascem do passado. Mágoas não constroem nada, erros destroem. A cada dia que passa a atenção se faz mais e mais necessária.

Uma flor nada mais é do que uma simples flor, concorda? Eu não. Há vários significados implícitos em uma. Por mais simples que ela seja, mesmo quando não é real, ainda exala coisas. Fatos, sentimentos, ações. Seu cheiro remete a situações passadas; sua forma é significativa; sua organização, material e/ou situação, muitas vezes, agregam o total valor.

Corrigiam-me caso erre, mas no hemisfério sul esse trimestre coincidiria com o inicio da primavera, estação que tudo floresce. Entretanto, me parece o outono, com folhas caindo, flores murchando. E tenha a capacidade de entender certas figuras, como aquelas tem a de liberar perfumes.

Mas, independente do que aconteça, nunca chamem uma flor de rosa; elas murcham e, às vezes, não há água, adubo e carinho no universo que as façam florescer novamente.

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