quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fantástica Empolgação

Talvez devêssemos aprender a valorizar nossas vitórias da mesma maneira que nos martirizamos pelas derrotas. Não há vitórias feias ou simples. Qualquer vitória requer certo esforço, não que a derrota não exprima um esforço anterior do derrotado, mas é que o vitorioso lutou com mais vontade do que seu rival.

Deveríamos entender que não existe uma pessoa certa em um momento errado, tampouco uma pessoa errada em um momento certo. O que de fato existe, é o nosso medo de cair de cabeça em algo novo e não saber o que acontecerá, ao certo. Na verdade, o momento errado nada mais é do que um momento em que nossas defesas estão altas, que nossos escudos estão eriçados, que nossa barreira está impenetrável. Sendo assim, de quem seria, então, a culpa? Da pessoa certa ou de nós mesmo? Se a pessoa é realmente certa, creio eu que ela consiga transpor todos esses impedimentos de maneira simples e natural, como a respiração ou a fotossíntese.

Não há sentido de levantar escudos quando se está feliz; pessoas felizes não guerreiam, não lutam, apenas vivem e são mais felizes. Pessoas alegres estão a todo o momento transbordando esse sentimento e não permite que o estraguem de maneira banal.

Sentindo-se bem com uma pessoa, julgando essa pessoa como certa, o que impediria de cair de cabeça em algo com ela? Ah! O momento errado? Seria um simples egoísmo seu crer nisso. O momento errado é seu, não dela. Ela não precisa pagar por isso. Se for mesmo certa, ela transformará, aos poucos, o momento inoportuno em correto. Mas não demore! Paciência é uma virtude que falta nos seres humanos. O pior é perceber que o momento errado tornou-se certo, contudo, tarde demais para ter aquela pessoa certa ao seu lado.

A matemática é tão simples como regar plantas numa fria manhã de inverno, em que flocos de neve caem do céu e você não enxerga seus vasos. Entenda-me da maneira que mais te convier, da maneira que mais te agradar, da maneira em que você consiga...